CABOCLO MENINO


Cheira à terra!
Aroma da chuva misturada à poeira!
Vida de menino!
Franzino.... porém forte! Lépido e faceiro!
Vida de Caboclo meio índio...
Assim se explica tua essência...
Ingênuo o bastante para nos fazer sorrir!
Olhos tímidos perdidos em algum ponto distante...

Caboclo Menino
Cumpridor de tarefas, duras, contudo, no seu entendimento
gratificantes, vive em um pedaço de chão com os seus.
O novo, pra ele, se traça a cada amanhecer..

mesmo sabendo que serão árduas as horas que passará
a empunhar o cabo de uma enxada.
Teu mundo, embora pequeno, quando comparado ao resto,
é grande o bastante para aquele que não se perde em sonhos,
Porém o realiza,
Caboclo, ainda menino, espera pelo florescer de um amor;
Caboclo, que ainda se faz menino, às vezes, teme pelo que poderá vir;
Caboclo esperança... bebe e come de teu suor;

Caboclo verdade... cura tuas feridas, e sufoca a tua dor;
Caboclo saudade... engole as lágrimas;
Caboclo pensamento... Te vês ancião, dono, não das certezas,
porém das cicatrizes, marcas deixadas pela interminável construção
de um Mundo moldado à tua vida, por tuas mãos!
Quem sabe, Caboclo, em tua história algo nos mostre como nos sentirmos livres!
Pois...
Tuas mãos, calejadas pela lida diária,
dão outro significado a liberdade....
(Juquinha)
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