AS DORES DA ALMA I
Hammed é um espírito que veio contribuir com o ser humano. Essa obra psicografada reúne textos simples desenvolvidos a partir do que chama os pecados capitais como dores da alma, que, para ele, são desequilíbrios íntimos que precisam de análise e tratamento, e não castigo. Ele as trata como natural na evolução terrena, pois como a natureza, depois da destruição, vem o renascimento.
CRUELDADE
Segundo Hammed, a autocrueldade é a pior das opressões. Pessoas aparentemente mansas desenvolvem o papel constante de serem aceitas pelos outros e vivem distantes de si.
A timidez é um tipo de autocrueldade também, onde, sem autoconfiança, se escondem inibidas. E não vivendo, não erram, e não errando, não aprendem. Seguindo o seu próprio caminho, mesmo havendo dificuldades, haveria a recompensa da vitória pessoal. “Caí, mas me levantei.” A liberdade verdadeira é a solução para a autocrueldade. Liberdade verdadeira= Liberdade interior.
Socialmente, a crueldade é explícita em milhares de fatos históricos e atuais, o que é classificado aqui como provenientes da insensibilidade ou enrijecimento da psique humana. A Espiritualidade explica que o senso moral que ainda é embrião na criatura, tornará um dia atitudes sensatas e humanas, porque o homem pode ser salvo quando os bons tiverem gesto de amor para lhes atenderem o pedido de socorro dos desajustados. Exemplifica com o acontecimento da morte de Jesus que chamava aqueles que o apedrejavam de espíritos infantis. Podemos ter atos de compreensão e amor também, mesmo estando bem longe de termos a clareza espiritual de Cristo.
ORGULHO
O desprezo que é a desvalorização por alguém ou por alguma coisa é uma atitude negativa para a evolução humana, visto que tudo e todos têm um propósito aqui na Terra, mesmo que por agora não saibamos.
Os julgamentos não devem ser apressados, segundo Hammed, pois para o Universo tudo faz sentido visto o progresso espiritual de cada um. O Grande Sistema age de forma interdependente.
Encontros e desencontros, solidão ou companhia, sofrimento, tudo procede para o amadurecimento espiritual. Na vida, tudo e todos são aproveitados para o nosso bem, não estamos num parque de diversões, mas sim num lugar que exige trabalho para se desenvolver, e aí sim, saber o motivo de muitos acontecimentos pessoais.
O orgulhoso detém a idéia de herói e culpa aqueles “improdutivos” que se alimentam do seu trabalho, por exemplo, mas não tem idéia do quão útil e em qual espécie está sendo aquela pessoa em sua vida, porque no Universo nada é desperdiçado.
Hammed também fala sobre as convicções severas que têm os orgulhosos, onde autoritários, seguem regras e costumes sociais rigidamente, bem como os defendendo. Se acham bem intencionados e bons, máscaras essas para sustentar suas formas duras e disciplinadoras para controlar o outro.
Exemplifica os meio religiosos, onde pessoas ditas puritanas e seguidoras da ordem e da disciplina irritam-se facilmente com quem foge às “suas idéias”. São doces, o que engana há muitos, mas existem aqueles mais conscientes que não se deixam levar por entenderem a manobra existente.
A vontade de controlar a vida do próximo se chama orgulho, pois a pessoa amadurecida conduz o outro com amor e com liberdade, pois cada pessoa passa pelo o que tem de passar para o seu aprimoramento espiritual. Censurar sem compreender a dificuldade alheia é um erro. Não se cobra, se ensina com calma, pois o amadurecimento pode ser lento. Assim como Cristo que sempre potencializou a autoconfiança nas pessoas, com as suas sábias palavras.
Os orgulhosos não colaboram para a reforma íntima das pessoas, porque eles impõem com crítica moralista.
E quantos de nós, aqui, lendo, não somos assim. Se encararmos e assumirmosisso, já estaremos deixando o véu do orgulho cair e amadurecendo espiritualmente.
IRRESPONSABILIDADE
A maior responsabilidade é a que temos conosco mesmos. Assim, Hammed fala da felicidade que deve ser conquistada por si mesmo e depois compartilhada com alguém que cultivou a sua felicidade própria também, sem precisar se aparasitar em alguém.
Vivemos constantemente de escolhas, e temos o livre-arbítrio, assim, muitas fatalidades são causas do mau uso desta liberdade. Porém, há quem pense que o mundo é cruel e o faz sofrer, esquivando-se da sua responsabilidade no acontecido. Muitos nunca vivenciaram com o limite, o que é passado desde a infância por pais responsáveis.
Responder por atitudes, vivenciar e aprender com experiência pessoais, decidir por si próprio e saber o motivo do que quer, são atitudes responsáveis também.
Hammed entende por responsabilidade individual quando estabelecemos limites e conscientização para a nossa vida.
Assim, mais uma vez, ele chama de imaturo aquele que não aceita responsabilidades e culpa os outros pelo seu destino. Já o homem maduro estabelece e segue um código de conduta moral, o que o faz livre e apto a resolver problemas internos ou externos.
O progresso espiritual do homem começa cedo, desde quando ele vai crescendo e mudando os seus níveis de consciência. É a proposta do despertar que o divino tem para nós, “Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos...”-apóstolo Paulo. Ou seja, mesmo quando caímos, levantemos com a responsabilidade de desenvolvermos a consciência e alcançarmos o entendimento vivencial que mostra ao homem o porquê do seu sofrimento ou do seu gozo. Assim, ele a passa a refletir como um ser agente e a ver que a vida é reagente. E, principalmente, que ele é dono do seu destino, conforme as suas ações.
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